24 de novembro de 2012

O religioso e o igrejeiro

Qual a diferença básica entre o verdadeiro religioso e o igrejeiro? Vamos tentar entender da seguinte forma: o religioso gosta de ir à igreja, mas não a considera mais importante do que a comunhão pessoal. Caso a igreja se mostre incompatível com a religiosidade, ele a evita. Igreja incompatível é aquela que se destaca pela irreverência, acúmulo de membros, exibicionismo e ares de espetáculo, entre outras características deletérias.

O igrejeiro é aquele que faz questão de sempre estar na igreja. Incompatível ou não. A igreja para ele é mais importante do que o relacionamento pessoal e a comunhão solitária.

Outras características: o religioso não se julga superior aos demais membros. Jamais insiste na ida de outras pessoas à igreja, entendendo que a ausência nela signifique vida espiritual em decadência. Jamais! O religioso não se mete na vida dos outros. Só se apresenta quando é convidado. O igrejeiro se julga um exemplo. Sempre se diz feliz quando ver uma pessoa "de volta à igreja". Logo vai dizendo que "estava preocupado com a vida espiritual do ausente..." O igrejeiro não enxerga em si mesmo a necessidade de melhoramento de conduta. O fato de ir à igreja com certa frequência o leva a crer que está a um passo do Paraíso.

Os membros da Igreja Adventista não fogem deste desgraçado padrão. O igrejeiro ASD julga as pessoas pela presença constante na igreja. Basta bater o ponto todo sábado para que seja considerado um exemplo a ser seguindo. Uma pena...

Por essas e outras eu admiro o religioso e tenho uma aversão indescritível contra igrejeiro e seu comportamento asqueroso...

Enéias Teles Borges

15 de outubro de 2012

Adventismo: Sepultamento ou Cremação?

Um dos membros mais velhos de nossa família nos disse que, quando morrer, gostaria de ser cremado em vez de sepultado. O pedido gerou uma grande discussão entre nós. Todos somos cristãos. Tem a Bíblia alguma orientação sobre esse assunto tão delicado?

Os adventistas do sétimo dia nunca tomaram uma posição sobre cremação, porque nossa compreensão bíblica acerca da morte e ressurreição faz com que o assunto perca sua importância (veja Jó 19:27; Daniel 12:2; Lucas 24:39). Contrários à idéia de uma dicotomia entre corpo e alma, afirmamos que o ser humano tem uma existência física tanto antes da morte como na ressurreição. O Deus que nos criou no princípio é igualmente capaz de nos recriar das cinzas da incineração, ou do pó que resulta do lento processo da decomposição. Todas substâncias orgânicas retornam a seus elementos básicos. A única diferença é sobre quanto tempo isso leva.

Na verdade, não defendemos a idéia de que na ressurreição o novo ser será composto das mesmas células e átomos que antes lhe formavam o corpo. As células morrem e os átomos se dispersam, e a restauração de uma pessoa não consiste apenas na reunião e reestruturação dos átomos, mas na expressão do poder criativo de Deus, não importando quais átomos estejam envolvidos (Salmo 104:29-30). Sabemos que cada ser vivo é um conduto por onde novos átomos entram enquanto que os velhos se dispersam, de modo que, numa escala maior, em 10 anos cada pessoa será composta por átomos inteiramente diferentes.

A pessoa que morre permanece na mente de Deus e, por meio de Seu poder criador, Ele haverá de restaurar-lhe a vida segundo Sua vontade, num novo corpo isento dos efeitos os pecado (I Coríntios 15:52). Na ressurreição, o Criador não depende de elementos previamente existentes.

Alguns dentre nós têm usado Amos 2:1 para se opor à prática da cremação. O profeta afirma que Deus Se irou contra Moabe “porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal” (ARA). O principal problema de interpretação nesse texto é a frase “até os reduzir a cal”, que reflete com precisão o texto hebraico. O substantivo sid não significa “cinzas” mas “cal”. A cal era usada para rebocar paredes e pedras. Alguns têm sugerido que, nesse caso em particular, os ossos foram queimados ou calcinados para se obter cal. Seja como for, não há dúvida de que Moabe está sendo reprovado por causa de seu desprezo para com restos mortais humanos. Portanto, o profeta está se referindo a um ato de ódio e vingança que resultou no desrespeito para com a dignidade humana. Isso não é o que chamaríamos de cremação.

Cremação, propriamente falando, poderia ser um ato de piedade. Em I Samuel 31:11-13 lemos como os israelitas tomaram o corpo de Saul e seus filhos “do muro de Bete-Seã e os levaram para Jabes, onde os queimaram” (NVI). Esse não foi um ato de vingança, mas uma maneira adequada de pôr fim à humilhação de um corpo humano, nesse caso, o do primeiro rei de Israel.

Para alguns cristãos, a questão do sepultamento em lugar da cremação é muito importante. Eles notam que a cremação é adotada em países como Índia e China, cuja cultura predominante não é cristã. Na verdade, esses países superpopulosos já enfrentaram há muito tempo o dilema de poucas terras férteis e a necessidade de cemitérios, introduzindo em sua religião a noção da cremação, compreendida em termos de uma espécie de purificação pelo poder do fogo. Do ponto de vista científico, esse método oferece vantagens relacionadas com a prevenção de infecções. É fato que na tradição judaica os mortos eram consistentemente sepultados, costume esse que foi incluído nos cânones católicos e assim perpetuados na comunidade cristã. Mas, quando analisado à luz de nossa compreensão acerca de como Deus age, a cremação não representaria nenhum problema.

Hoje em dia, cerca de 50% das pessoas que morrem nos Estados Unidos são cremadas, principalmente por causa dos altos custos envolvidos num sepultamento. A cremação, em geral, não custa mais de 10% do valor de um sepultamento. Em relação a esse assunto, os adventistas permitem que seus membros sigam a consciência, e pelas razões acima citadas será difícil adotarmos uma posição oficial a respeito.

Fonte: Sétimo Dia

13 de maio de 2012

Um pastor bajulador

O pastor, após o culto, aproximou-se do membro e perguntou: o irmão é desta igreja? O membro respondeu dizendo que não. Era da Capital, mas possuía um apartamento ali no Litoral. O pastor passou a conversar com outras pessoas e assim que a maioria se dispersou, voltou a conversar com aquele adventista da Capital: o irmão pode me passar o telefone? E emendou: é que sempre aparece por aqui algum pastor departamental e outros da Associação. Quando algum vier eu indicarei o seu apartamento. Neste caso não haverá necessidade de pagar hotel. Continuou: é sempre bom ter apartamentos disponíveis para os líderes regionais.

É claro  que o membro da Capital não deu o telefone. E disse ao pastor que não suportava bajulador, especialmente aquele que costuma fazer gentileza com o chapéu dos outros...


Enéias Teles Borges

7 de maio de 2012

Morre um jovem pastor


Neste último sábado (05/05) por volta das 19h00, a Igreja Adventista sofreu mais uma grande perda, o pastor Márcio Rogério de Carvalho, do distrito do Bosque dos Eucaliptos, na APV (Associação Paulista do Vale). O acidente ocorreu na Rodovia dos Tamoios (SP-099), na altura do Km 5, em São José dos Campos, no Vale do Paraiba, enquanto ia sozinho para uma boda de ouro em Paraibuna. Uma caminhonete S10 atravessou a pista e colidiu frontalmente com o veículo do pastor, um Honda Civic.

O Honda ficou totalmente destruído com a força da colisão, e o pastor Márcio morreu no local. O condutor da caminhonete, que estaria embriagado, teve fratura na perna e foi socorrido ao Pronto Socorro da Vila Industrial. O motorista da caminhonete se recusou a fazer o teste do bafômetro e o caso foi encaminhado ao 3º Distrito Policial. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança de dez salários mínimos e irá responder pelo crime em liberdade. 

Mais uma vida se perde, dado a imprudência de alguns motoristas que insistem em beber e dirigir.

(Megaphone) 

Nota 1: Conheço bem a Rodovia dos Tamoios, que liga São José dos Campos à cidade de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo. Usei a estrada muitas vezes, dirigindo-me a Ubatuba. Atualmente sigo pela Rodovia Oswaldo Cruz. As duas rodovias oferecem grande perigo aos motoristas desavisados. Quando existe um condutor embriagado num acidente desta magnitude, o pior resultado sempre emerge. Impressiona como muitas pessoas, a despeito do rigor da Lei, ainda dirigem embriagadas. Muitas vezes entendem que o trecho a ser percorrido é curto e, por assim pensarem, transformam as vidas de muitos numa espécie de "roleta russa". As mudanças em andamento na Lei, especialmente no que tange à recusa em fazer o teste do bafômetro é um avanço. Mexer no bolso é muito importante. Que fique bem claro que dirigir embriagado, oferecendo perigo à população, redundará em duras penas, inclusive aquelas pecuniárias.

Nota 2: O pastor em questão tinha apenas 35 anos de idade. Nasceu em 1977. Deixa família, com filhos dependentes de apoio paternal.

Enéias Teles Borges

5 de maio de 2012

Sobre o aniversário do velho IAE


O culto na Igreja do Unasp, neste sábado, teve um sabor especial. Comemoração pelos 97 anos de existência da instituição. Eu que cheguei naquela casa em dezembro de 1979, estou acostumado às comemorações anuais. Há quanto tempo assisto aos eventos? Mais de 30 anos!

Pontos altos

O sermão foi proferido pelo pastor Marlington Lopes. Presidente da União Sul Brasileira da IASD. Trata-se de líder destacado na organização adventista. Um dirigente que tem a carreira respaldada pela seriedade. Bom orador formou-se em 1983, foi meu contemporâneo (formei-me em 1985).

Como eu estava no segundo culto, não fui prensado no meu lugar, num dos bancos da igreja, como costuma acontecer no primeiro culto. O cerimonial foi dinâmico, sem demagogia. Até mesmo a oração pastoral feita pelo professor Euler Baia foi rápida, considerando os padrões dele (ufa!).

O que precisa ser destacado mesmo: a apresentação do grande coro, acompanhado pela orquestra e pelos metais. Composição e regência do jovem maestro Richard Octaviano Kogima. Um talento raro, centrado em música de qualidade e dentro dos padrões respeitáveis para a música cristã adventista. Segue linha nobre, similar à regência do maestro Turíbio de Burgo. Foge, portanto, das tendências barulhentas e pentecostais que adentram pelas portas da IASD. A música traz o ideário comportamental de Jeremias, acrescido da ideia das mensagens angélicas e fecha com a esperança do adventismo. Os que conhecem a teologia adventista verificarão a coerência proposta e alcançada na composição. A apresentação em si foi fenomenal.

Que a comemoração pelos 97 anos do velho e guerreiro IAE fique na lembrança festiva de todos. Parabéns Unasp!

Enéias Teles Borges

30 de abril de 2012

A morte de um colega do seminário

O pastor adventista  Elcio  Wordell, de 57 anos, que por sete anos atuou em Sidrolândia,  foi assassinado ontem  à tarde (27/04/2012) dentro de uma loja em São Sebastião,  cidade – satélite de Brasília.  Ele foi morto durante um assalto, quando depositava recursos de dízimo da congregação onde atua, segundo informações da Polícia Militar. A PM conseguiu prender quatro suspeitos do crime em flagrante, enquanto fugiam do local. A polícia suspeita que o crime tenha sido premeditado.

Por volta das 17h, o pastor foi até uma agência bancária que funciona dentro de madeireira da Quadra 203, bairro Residencial Oeste. Ele portava valores recolhidos na igreja, e teria feito o depósito pouco antes do anúncio do assalto, segundo a polícia.

O cabo da PM José Airton Barbosa  passava perto do local do crime quando escutou um disparo. “Fomos até a próxima rua, quando vimos três homens correndo. Testemunhas nos apontaram a vítima caída, com um tiro na nuca, e fomos atrás dos três suspeitos”, afirma.

Pouco depois, o policial avistou o trio entrando em uma caminhonete S10. A viatura conseguiu interceptar o veículo, quando os homens teriam jogado revólveres calibre 38 e 32 pela janela do carro. “Capturamos os suspeitos e fizemos a revista, mas depois achamos as armas no caminho”, completou.

A PM afirmou que vítima teria se assustado no momento do assalto, mas não informou se chegou a reagir à ação dos criminosos. Apurações preliminares apontaram que o atirador seria M.J.O.B., de 22 anos. Há suspeita de que um dos assaltantes seja familiar de um fiel da igreja, o que teria ajudado os bandidos a obter informações sobre o depósito.

Um dos participantes, A.F.M., de 35 anos, tinha passagem por latrocínio. Também foi preso o suspeito S.N.L.N., de 27 anos, dono do carro, que seria o responsável pelo fornecimento das armas. Se forem indiciados por latrocínio, os suspeitos podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.  Hoje, movimentos sociais da cidade realizam a primeira Pedalada pela Paz, em memória das vítimas da violência.


Nota: Formei-me, em 1985 (Teologia no antigo IAE), na mesma turma do Elcio Wordel. Sinto demais pelo ocorrido. Fato que mostra quão perto estamos da morte e do sofrimento que vem em seguida. Segundo fui informado, ele é o terceiro colega de formatura que perdemos. Dois envolvidos em acidentes de carro e agora ele, por homicídio. O que mais desejamos é que a família suporte a dor e dê continuidade à vida. O que podemos dizer de especial num momento assim?

Enéias Teles Borges

27 de abril de 2012

Igreja do Unasp (SP) - Exibicionismo e Desfile


Podemos dizer que a Igreja do Unasp cumpre seu propósito como templo de adoração? Sim, podemos. Permite o cumprimento de outros objetivos, que conspiram contra o principal? Sim, claro. Além de local de adoração e da comunhão dos fiéis, a Igreja do Unasp se presta, ainda que involuntariamente, a outros fins? Sim, certeza absoluta!

Exibicionismo Ridículo

Exemplifico: num sábado ensolarado eu estava fora do templo. Estava lotado! Resolvi sair, ainda no começo das atividades e fiquei nas imediações da Praça da Bíblia.

Observei que um membro, que faz parte da “nobreza” parou seu carro, novíssimo e caro, num local proibido. Havia uma boa quantidade de vagas nas cercanias, mas ele parou justamente num local que impedia a movimentação de outros veículos que precisavam acessar as vagas disponíveis.

Resolvi seguir aquele “irmão” até o templo. Ele foi pela lateral direta da igreja e ficou lá na frente. Logo mais o pastor faria os anúncios que antecedem ao cerimonial. Ele ficou aguardando...

Quando o pastor chegou para fazer os anúncios, um ancião pediu a palavra e disse ao microfone: “atenção proprietário do carro “tal”, placa “tal”, favor se dirigir ao estacionamento...”.

Nosso ilustre e nobre amigo saiu do local no qual se encontrava, percorreu o templo pelo corredor central, bem lentamente, para que todos soubessem que ele era o dono do tal veículo. Observei que quando saiu do templo ele tinha um sorriso nos lábios. Dirigiu-se ao estacionamento, entrou no carro, ligou e foi embora. Seu objetivo tinha sido alcançado...

Desfile Bobo

Outra forma de exibicionismo diz respeito às pessoas (maioria mulheres) que chegam atrasadas (primeiro culto) e estrategicamente passam perto da plataforma da igreja e ficam desfilando para lá e para cá, supostamente procurando um lugar vazio, nos bancos da igreja. São figurinhas carimbadas, quase sempre as mesmas, que querem mostrar os lindos trajes que estão vestindo. Passem a observar. Sei que, em tese, não se vai à igreja para “cuidar” dos outros. Mas o pastorado deve ficar atento a essa fogueira de vaidades...

Conclusão

Sugiro, para esses dois exemplos, procedimentos simples:

1. Quando se for anunciar um carro estacionado de forma indevida, que seja informada a placa do veículo e o estacionamento no qual ele está parado. Nada mais do que isso.

2. Proibir de forma veemente, que pessoas fiquem nos corredores da igreja (cumprindo Lei municipal). Mais: que seja desestimulado (por diáconos) o trânsito de "modelos" nas imediações da plataforma.

Simples assim mesmo!

Enéias Teles Borges

21 de abril de 2012

A Justificação pela Fé, sob o Legalismo...


É possível que alguém entenda a Justificação pela Fé de forma legalista? Sim, é possível. É interessante como as mensagens de hoje são legalistas sem que os próprios difusores se apercebam.

Uma frase do sermão de hoje, na Igreja do Unasp, São Paulo, proferida no último dia da semana de oração (Pastor Benedito Muniz), sintetiza tudo. Ele até disse que o cristão que profere tal frase merece ser disciplinado: “não faço isso porque a minha religião não permite”. Depois ele enfatizou como a frase deveria ser: “não faço isso porque desagrada meu Deus”.

Os pregadores adventistas sempre tiveram imensa dificuldade em conciliar a Justificação pela Fé com a guarda dos mandamentos (decálogo). A mensagem até segue perfeita, rumo à excelência da Justificação pela Fé, quando o pregador desfaz tudo o que construiu, ao incentivar os membros a “peitar” o mundo, dizendo não, ao que se entende como quebra da Lei.

O que se deveria inferir é bem simples: aquele que é justificado pela fé não se insurge contra qualquer ato nocivo aos costumes éticos e morais contidos na Lei de Deus. Depois de justificado o que o ser humano faz? Ele consegue fazer alguma coisa? Não seria Deus efetivando nele o querer e o realizar?

O que realmente significa tudo isso? Se Deus está na pessoa, qual a necessidade que ela tem de sair vociferando pelo mundo que não tem medo de nada? O pior mesmo é que os pregadores adventistas não conseguem se desapegar do “grande fardo”, dentro do “fardo” da Lei: o sábado! O exemplo é quase sempre o mesmo: os filhos teocêntricos de Deus não estudam no sábado, não trabalham no sábado, não fazem suas obrigações no sábado. O “calcanhar de Aquiles” dos ASD: a maldição da falsa guarda do sábado. O sábado é um dia no qual os ASD pouco fazem pelo próximo, mas usufruem o que o próximo produz. Eles não trabalham no sábado, mas usam todos os serviços que são disponibilizados nele. É um povo cujo testemunho consiste, hoje, em explorar o que o próximo faz no “santo dia”, sem a sua colaboração.

O pregador adventista (em geral) derruba todo o arrazoado da Justificação pela fé, ao tornar a guarda da lei como um exercício da vontade humana. Piora ainda mais o quadro quando dá a entender que a lei se resume ao quarto mandamento. Leva o quadro ao fundo do abismo quando leva o leigo a acreditar que o quarto mandamento só trata do sábado.

Sim meus caros amigos. Existem pessoas que só enxergam a Justificação pela Fé sob o fardo da Lei. Infelizmente esse foi o produto final da Semana de Oração no Unasp, São Paulo, encerrada hoje.

Aí eu pergunto: Isso é Justificação pela Fé? Isso é pregar sobre a Graça? Existe graça paga pelo próprio homem, que "peita" o mundo para mostrar que ele guarda a Lei?

A semana de oração do Unasp, São Paulo, prometia muito e pouco ofereceu. Ainda assim os membros se julgam cheios, a despeito de terem se alimentado de vento...

Enéias Teles Borges

14 de abril de 2012

Semana de Oração - Unasp SP


Hoje nós fomos à Igreja do Unasp. Para o segundo culto. Início de Semana de Oração. O orador: Benedito Muniz. Trabalhou, durante anos, como pastor na IASD e atualmente é consultor de empresas. Pratica evangelismo leigo.

O sermão de hoje teve como versos principais os que estão contidos no capítulo 2 do livro de Gênesis. Versos 15 a 17. Trabalhou a seguinte ideia: por que o homem não foi fulminado logo após ter pecado? Não ficou claro que o dia em que comesse do fruto proibido, certamente morreria?

A partir daqueles versos ele começou a discursar acerca do perdão temporal e do perdão eterno. Perdão temporal é aquele que permitiu ao homem continuar vivendo. Permite, também, vida para todos os seres humanos (quer creiam nisso ou não). Usufruir do perdão temporal independe de escolha. Resulta da graça. Todos deveriam morrer. Adão e Eva deveriam ter morrido imediatamente. Todos gozaram e gozam do poder do perdão temporal. O ser humano não precisa saber disso, não precisa escolher, não precisa acreditar. Querendo ou não, a vida que detém é decorrente da graça. Quanto ao perdão eterno todos nós sabemos. Depende de confissão. Depende do interesse humano em aceitar ou rejeitar.

O resumo é bem simples: perdão temporal é um guarda-chuva sob o qual todos estão. Perdão eterno depende de questão ética, de interesse, de confissão, de escolha de rejeição e afins. O sermão foi um ensaio geral da doutrina da salvação, sob o ponto de vista conservador dos ASD.

Na realidade eu esperava, julgando pela maneira como o sermão foi introduzido, que o orador caminharia em outra direção. Que daria linhas gerais sobre o perdão (temporal e eterno) e que, em seguida, mostraria o perigo sob o qual a IASD está. Eu cria que ele falaria acerca do sincretismo religioso, da influência perniciosa da contrafação (bem misturado com o mal), do pentecostalismo prostituído, que mostraria a todos que a IASD está desaprendendo a doutrina da salvação. Não foi nada disso! Pelo que a semana de oração tende a prometer, não será adotada essa linha de postulados.

Uma pena!

Benedito Muniz é da velha guarda dos teólogos adventistas. Tem formação escudada no adventismo histórico (sem a influência dos anos 1980, Conferência Geral de Dallas). Eu esperava mais, porque ele tem muito a oferecer.

Vida que segue, ou que precisa seguir...

Enéias Teles Borges

29 de março de 2012

Como será a reverência na Igreja do Unasp, São Paulo?

Tudo transcorreu bem no sábado passado. Ausência de pessoas nos corredores do templo. Telões no Salão de Atos e no Centro Esportivo. Organização nos estacionamentos. Decência, ordem, reverência foram vistas (parabéns por isso!). Certo que o evento parecia mais um palanque político do que um culto espiritual, dirigido pelo líder mundial dos ASD. Ponto alto: a música. Ponto baixo: o de sempre. Mais parecia um show do que um culto.

A questão que emerge é: será reverente sempre ou foi somente naquele momento especial, com a presença de líderes da igreja e de representantes políticos de São Paulo? Tudo aquilo foi um acontecimento "de gala" que promete mudança ou foi um jogo de cena? A balbúrdia estará de volta?

A partir deste sábado começaremos a saber. E já adianto um pedido de favor: que eu seja poupado pelos moralistas, eternos membros da Fé Cega, Faca Amolada (FCFA), que estão sempre de plantão...

Enéias Teles Borges

22 de março de 2012

Presidente Ted Wilson no Unasp-SP

O presidente mundial dos adventistas do sétimo dia estará no Unasp-SP no sábado, 24 de março de 2012. Preparativos têm sido feitos, no sentido de que tudo corra bem. Natural que assim se faça. É o representante máximo dos ASD no planeta.

O que mais chamou a minha atenção (fato positivo) foi a maneira como será todo o cerimonial (culto). Apenas um culto no sábado, pessoas não poderão permanecer nos corredores e laterais da igreja. Haverá um telão do auditório antigo (salão de atos), para os que não tiverem acesso ao templo. Isso tudo em prol da segurança.

Pelo que fui informado finalmente a igreja resolveu dar um exemplo prático de cumprimento de leis de segurança em locais de grande aglomeração. Pessoas não podem, não devem permanecer nos corredores, de grandes salões de eventos. Por que apenas nos templos tal norma não era cumprida?

Outro fato interessante, e é de se lamentar que não será sempre assim, daqui para a frente: toda igreja deveria ter apenas um culto sabático. Com o advento forte da tecnologia de transmissão de eventos, nada impede que muito se veja pela internet ou televisão. 

Muitos "irmãos igrejeiros" não concordam com a tese. Preferem a aglomeração irreverente. Dois cultos, sendo um bom e o outro devagar, quase parando...

Tomara que a vinda do presidente Ted Wilson deixe no ar a ideia de mudanças essencias. pela segurança e pela ausência de aglomeração. Que venham melhorias modernas ao velho IAE.

Enéias Teles Borges

18 de janeiro de 2012

Novo pastor da Igreja do Unasp em São Paulo

Depois de 10 anos a Igreja do Unasp, em São Paulo, terá um novo pastor: Neumoel Stina. Sobre o que está de saída: lembro-me do primeiro sermão proferido pelo pastor Itaniel da Silva. Em simpatizei com a ideia de tê-lo como pastor. Quando eu era aluno no velho IAE tive o prazer de trabalhar com o irmão dele, o administrador Lucas da Silva. Gente muito boa. 

Acredito que na somatória de tudo o que foi feito no Unasp o pastor Itaniel cumpriu de forma cabal o seu propósito. Tirando os lamentáveis momentos de pentecostalismo que assolou parte destes dez anos, o pastorado foi muito bom. Impossível agradar a todos. Ele, certamente, agradou a maioria. Que seja feliz no trabalho que iniciará na igreja Central de Brasília. 

Pelo que fui informado o novo pastor da Igreja do Unasp será o pastor Neumoel Stina. Ele foi meu contemporâneo no IAE. Lembro-me dele quando atuava no preceptorado. Militou ao lado dos pastores Domingos José de Souza, Edir Kern Wolf, Oder Mello, Manoel Xavier de Lima, Homero Luiz dos Reis. Tempos bons aqueles. Acredito que ele tenha se formado em 1983. Eu sou da turma de 1985. 

O pastor Neumoel sempre esteve aliado a bons trabalhos, Arautos do Rei, administração e igrejas renomadas.  

Desejo que a igreja do Unasp receba aquele pastor Neumoel que conheci, nos idos tempos do IAE. Espero, sinceramente, que ele não tenha mudado de perfil. Que tenha apenas agregado experiência. Nada mais que isso. Que ele seja um dos guerreiros na luta contra o pentecostalismo adventista que está tomando conta de tudo. 

Seja bem-vindo!

Enéias Teles Borges