8 de janeiro de 2011

Sobre o sermão de hoje...

Hoje fui à igreja. Minha filha mais nova, envolvida que é com a música (piano), sugeriu-me que fôssemos à igreja do Unasp, campus-SP. Segundo culto que se iniciou às 11:30 horas. Fomos e confesso que gostei. Nas férias o movimento é menor. No segundo culto a igreja não fica tão cheia.

Quem pregou foi o pastor Denisson Reis. Ele foi pastor auxiliar desta igreja há quatro anos. O tema do sermão: "a religião do faz de conta". Segundo sua linha de pensamento essa é a religião que mais cresce no mundo. É também a maior igreja do mundo.

Não gostei do uso do termo "religião". Acredito que a expressão "cultura religiosa" seria melhor. Qual a maior cultura religiosa do mundo? Aquela do faz de conta, parece-me mais lógico. Deixemos a religião fora disso. Não existe religião nos centros de difusão atuais.

Concordo que o faz de conta prospera.

Posso não acreditar em muitas coisas nas quais eu cria, mas sigo valorizando a coerência. Ir à igreja não significa muito. O que a pessoa é origina-se no seu interior. Presença nos templos não significa muito no contexto da sinceridade...

Penso que neste ano (2011) deverei retornar aos cultos. Claro que o faço pela saudade permanente dos amigos e pelo ambiente ao qual me acostumei. Se me faz bem e não é contra meus princípios fundamentais, por que não? As igrejas de hoje são centros de atividades sociais revestidas de aparentes atos religiosos. Nada mais que isso... Se não faz bem, mal também não faz. Para quem se acostumou e gosta, sempre há a chance de se ouvir boa música e uma ou outra mensagem bem fundamentada e com boa apresentação...

Nota: Deixo claro que não o faço por busca de algo que eu tenha perdido (no campo das ideias). Mas pelo simples prazer de conviver, sem pressão, num contexto no qual me criei. Também não o faço por considerar que lá esteja o depósito único da verdade. É um contexto religioso conservador como muitos que há. A diferença, para mim, é que cresci naquele meio. Sinto saudade do contato com "a forma" e não com a "essência proposta". É um lugar com boa música, bons amigos, bons discursos. Discursos com os quais não mais me afino, mas que respeito e ouço pelo descompromissado prazer de ouvir. Que não se diga que voltei à casa. Como voltei se nunca saí? Ou será que nunca entrei? Afinal há uma diferença gritante entre "entrar por conta própria" e "ser introduzido pela cultura familiar", certo?

Desejo a todos que me acompanham neste blogue um feliz 2011.

Enéias Teles Borges